O mundo contemporâneo é obcecado com rótulos e padrões. O que deveria unir as pessoas acaba separando. E dentro de seus próprios mundos, onde deveria haver compreensão a ajuda, acaba existindo competição. A turma das patricinhas se digladia com fofocas e mentiras. Os CDF´s só faltam se apunhalar nas costas um dos outros com lápis bem afiados. Os atletas, como já é obvio, recorrem à violência. E por que tudo isso?
Há diversos motivos. O mais comum, que pode ser resumido em uma palavra, insegurança, mas que pode ser apresentar de múltiplas maneiras. E de onde vem essa insegurança? Do medo. Mas medo do que exatamente? Medo do diferente, do desconhecido. Medo de não ser aceito, deixado de lado, por qualquer motivo que seja. Grau de inteligência, opinião política, gosto musical, atitudes, orientação sexual, credo, cor, são apenas dos pontos mais conhecidos, mas a lista é bem mais longa do que se imagina.
Ser diferente não é fácil. Mas se não tivermos a coragem de sermos nós mesmos, quem seremos? Mais um na multidão? A cantora Pitty já trouxe o assunto à atenção com a música Márcara: “Tira, a máscara que cobre o seu rosto/ Se mostre e eu descubro se eu gosto/ Do seu verdadeiro, jeito de ser /Ninguém merece ser só mais um bonitinho /Nem transparecer, consciente, inconseqüente/ Sem se preocupar em ser adulto ou criança O importante é ser você”.
Já Cyndi Lauper: “I see your true colors/ shining through/ …/ so don't be afraid to let them show/ your true colors/ true colors are beautiful/ like a rainbow (eu vejo as suas cores verdadeiras/ brilhando/ então não tenha medo de deixa-las mostrar/ as suas cores verdadeiras/ cores verdadeiras são bonitas/ como um arco-íris)”. Pode doer, mas é melhor do que viver sendo quem você não é. Brilhe.
Quem sabe, quando esse momento chegar, teremos alcançado o que John Lennon desejava em Imagine: “Imagine all the people / Living life in peace (Imagine todas as pessoas; vivendo a vida em paz)”.
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