domingo, março 04, 2012

TRANSFIRA O SEU TÍTULO!

Vamos colaborar por uma Maringá melhor, minha gente!!!!

Coming Out!




#Beck (topa tudo na cama)

"Para falar sobre o dito "drama" moderno de se assumir, acredito que são necessárias algumas limitações ou definições, como, por exemplo, quando contei para uma amiga minha que ia escrever sobre "se assumir", ela me perguntou "mas assumir o quê?". "Mãe, sou gay" é diferente de "mãe, sou bi", por exemplo, que é diferente de chegar no coleguinha e dizer "'descobri' que sou gay". Então, se estamos falando de assumir uma orientação sexual diferente do padrão, tido como a heterossexualidade, para uma sociedade ortodoxa e arraigada em seus princípios vitorianos conservadores, ou seja, avessa a mudanças, sendo que uma orientação sexual diferente é uma mudança para eles, então temos que ir com cautela e analisar o campo onde estamos pisando.
Também é necessário não nos esquecermos do porquê, da necessidade de se assumir, visto que um filho hétero não chega em determinada fase de sua vida para os pais e diz "pai, mãe, eu sou hétero". Então, por que exatamente um gay, bissexual, pansexual, transexual, qualquer-coisa-menos-hetero-sexual precisa fazer isso? A justiça é cega e, perante a sociedade, impera a justiça como meio de nos policiarmos e nos perguntarmos se o que fazemos é correto ou não. Mas os homens são iguais perante a justiça e, se me permitem glosar o personagem Joe Miller de Philadelphia, na carta dos direitos humanos não havia nada dizendo que "os heteros são iguais perante a lei".
Sinceramente, eu acho isso uma coisa extremamente desnecessária. Você gosta de quem você gosta pelo que a pessoa é, não pelo sexo da pessoa. Você não precisa assumir isso para ninguém, apenas precisa continuar sendo você mesmo e esperar que as pessoas tenham o mínimo de tino de respeitar você com todas as suas diferenças. Ou daqui a pouco vão criar um preconceito sobre quem tem verruga no dedo esquerdo da mão direita e você terá que assumir: "mãe, eu tenho uma verruga".
Resumo: assumir uma determinada orientação sexual (que obviamente não é heterossexual) para a família ou para um grupo de amigos é algo complicado de se pensar sobre, visto que um hétero não tem necessidade de se assumir hétero. Então, porque um gay, um bissexual, um trans? Por que eles precisam? Na carta dos direitos humanos, está escrito que os homens são iguais perante a lei, não os héteros.
Sinceramente, eu acho isso desnecessário, porque você gosta da pessoa pelo que ela é, não por seu sexo. Agora, imagine se acaso criam um preconceito contra pessoas com verrugas. Imagine-se escondendo uma e precisando chegar na sua mãe e dizer: 'mãe, eu tenho uma verruga'."


#Queen (sapa cachaceira)

"Quando me perguntam como saí do armário a primeira coisa que me vem à cabeça é uma saída literal, como se antes eu tivesse isolada em um mundo com o qual não pudesse lidar. Para mim não foi dessa forma.
Desde os 11, 12 anos eu já tinha contatos físicos com meninas; beijos, toques e descobertas de sensações, claro que sempre com a desculpa de ‘treinar para depois’, mas confesso que nunca tive problemas em pensar se aquilo era certo ou errado.
Durante a minha adolescência e início da vida adulta meu foco não foi voltado a relacionamentos, talvez por esse motivo a necessidade de me assumir tenha vindo um pouco tarde em relação à maioria, mas uma coisa é certa, nunca tive problemas com aceitação própria.
Talvez essa saída do armário seja um pouco mais fácil para meninas, visto que o preconceito é mais velado, mas de qualquer forma exige uma aceitação própria e uma preparação para enfrentar o mundo muito grande; é o momento que define quem de fato você será."

Colunistas!!!!



Post super-duper-hiper-mega rápido só pra apresentar meus colunistas que estão estreando a nova série "E agora Jorge???"




#Beck
Raphael Beck é estudante de Letras pela UEM, autor de vários contos não-publicados e sexualmente indefinido. Do estado de São Paulo veio se perder aqui em Maringá. É orgulhoso, teimoso e paciente. 














Pisciana, lésbica (assumida há 09 anos), graduada em Direito, escritora nas horas vagas, adora um bom papo de boteco e muito mais. Nascida e criada aqui mesmo na Cidade Canção. É cachaceira, esforçada e romântica irreparável. 
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